sábado, 18 de outubro de 2014



UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
INSTITUTO FEDERAL SUL-RIO-GRANDENSE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - POLO CONSTANTINA










MÓDULO – O USO DE BLOGS E WEBQUEST NA EDUCAÇÃO


ATIVIDADE 1 – BIBLIOTECA – CRIAÇÃO DE UMA WEBQUEST







ANDRÉIA BEGNINI SORTICA








CONSTANTINA

2014


Histórias Em Quadrinho Um Incentivo Para Desenvolver a Escrita e a Leitura

O uso da história em quadrinhos na sala de aula se constitui como uma proposta didático-pedagógica que favorece o incentivo à leitura, transformando o aluno em sujeito crítico. A utilização no ensino faz com que os alunos tenham um bom rendimento escolar, possibilitando um melhor desempenho no processo de ensino e aprendizagem. Esse tipo de leitura aumenta a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico.
Esse instrumento de narrativa pode introduzir um tema que posteriormente será abordado a partir de outras perspectivas de ensino; podem ser apresentadas como complemento de um conceito já trabalhado pelo professor; e podem ser aproveitadas para provocar debates e discussões em sala de aula, além de trazer o aluno para o universo da leitura.

TAREFA
A tarefa tem como objetivo incentivar o aluno a ler mais e produzir uma escrita com mais argumentos, coesão e textualidade, sendo entendida por todos que farão a leitura.
A atividade envolverá pesquisas, analises, leituras, contação de história, produção textual, interpretações de desenhos e textos, também será construído histórias em quadrinho, após será apresentado para os colegas e professores através de uma exposição, e postagens no blog da escola. 

PROCESSOS
As tarefas serão realizadas com alunos do quarto ano, a mesma acontecerá em etapas, com grupos de três a quatro alunos, diante disso os alunos irão se organizar para iniciar as atividades.
§     Para introduzir o tema e motivar os alunos, o professor providenciará uma “Cesta de Leituras” contendo nela várias revistas de histórias em quadrinhos, com diversas expressões: escritas, não verbais, coloridas, preto e branco, entre outros (todas voltadas para a faixa etária que está sendo trabalhada). Organize uma roda de conversa e apresente à turma. Peça para que escolham uma revista e a explore:
Ø  O que a capa revela?
Ø  Qual o tema da história?
Ø  Por que a história é escrita dessa forma?
Ø    Para que serve História em Quadrinhos?
Ø   Entre outras questões;
§  Como complemento, será proposto assistir a um desenho de uma História em Quadrinho da Turma da Mônica;
§  Os alunos irão pesquisar na internet sobre o surgimento e o processo de criação de uma história em quadrinho, bem como os incentivos e benefícios que ela trás a leitura nas diversas faixas etárias.
§  Os grupos de alunos serão orientados a produzir uma história em quadrinho, utilizando as ferramentas presentes em seu computador, pode aproveitar a internet para coletar e editar as imagens de acordo com o que a história criada fala, use e abuse da sua criatividade. Lembrando que o texto deverá seguir as normas estabelecidas pela professora.
§  Socializar com os colegas e professores a História em Quadrinho elaborada, a apresentação será feita através de uma exposição para que todos possam conhecer os trabalhos dos grupos;
§  Com auxilio do professor, os alunos irão postar a História de cada grupo no blog da escola;
O tempo estimado para desenvolver as atividades será de seis aulas, sendo duas aulas por semana, totalizando três semanas.

 AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados individuais e pela participação e colaboração no grupo a partir das atividades realizadas.
Os critérios de avaliação serão os seguintes:
Ø  Todos os integrantes participaram e colaboraram ativamente da elaboração da proposta?
Ø  O título da história bem como a história foi atrativo para os demais alunos?
Ø    Serviu como fonte de conhecimento para o leitor?
Ø    Houve organização e coerência?
Ø   As falas condizem com os desenhos e os balões?
Ø   O objetivo da proposta foi alcançado pelos alunos?

CONCLUSÃO
 Visivelmente, nos deparamos com crianças apresentando dificuldades na escrita e na leitura. Portanto, com a elaboração dessas atividades, os alunos além de divertir-se passarão a conhecer e valorizar os benefícios que as Histórias em Quadrinho proporcionam para o desenvolvimento da escrita, da leitura e consequentemente da fala.

CRÉDITOS
Para desenvolver as atividades acima citadas, os alunos poderão utilizar como fonte de pesquisa:
Moacy CIRNE, A Linguagem dos Quadrinhos: O Universo Estrutural de Ziraldo e Maurício de Souza, Petrópolis, Ed. Vozes, 1975, 4ª edição revista.


OBS: Endereço da Webquest: https://sites.google.com/site/webquestandreiamidias

    

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Colegas, encontrei dicas de como ensinar seu filho a ler e escrever com mais facilidades, são atividades que podem ser usadas em casa e/ou adaptar para trabalhar na escola com os educandos. São fáceis de desenvolvê-las que trazem um bom resultado para o desenvolvimento da escrita e leitura.

No meu estágio realizado na educação infantil com alunos do pré-B, elaborei alguma delas que já tinha conhecimento e obtive um ótimo resultado.


Criado por Rafael Bemerguy, Zaira, Sabrina L. Furtado
Ensinar os filhos a ler é um processo que traz realização e aprendizado, tanto para os pais como para os filhos. E o caminho pode começar a ser trilhado em casa, seja porque você deseja dar uma vantagem ao seu filho ou porque ele já demonstrou interesse. Com as ferramentas e táticas certas, seus filhos aprenderão a ler mais rápido do que você imagina.

Parte 1 de 3: Começando Cedo

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    Leia para a criança regularmente. Como tudo na vida, ela não pode ficar boa em algo se não houver contato antes. Para despertar o interesse na leitura, é preciso que se leia para ela regularmente. Se possível, comece quando ela ainda for um bebê. Escolha livros apropriados para o nível de compreensão dela; isso significa que de 3 a 4 livros pequenos e bem simples podem ser um bom começo.
    • Conforme ela evoluir para o primário, leia livros que estejam um pouco acima do nível de compreensão dela, mas que tenha uma história interessante e cativante.
    • Procure livros que estimulem outros sentidos além da leitura para ajudar a criança a interagir conforme você conta a história para ela. Por exemplo, encontre livros que contenham páginas que estimulem o tato, produzam sons diferentes ou contenham aromas.
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    Faça perguntas interativas. Mesmo antes da criança aprender a ler, elas podem aprender a compreensão de texto. Conforme você lê a história para ela, faça perguntas sobre os personagens e o enredo. Para um bebê de 2 anos, por exemplo, pergunte “Você está vendo o cachorro? Qual é o nome do cachorro?” As perguntas podem ir ficando cada vez mais difíceis conforme o nível de leitura aumenta.
    • Ajude seu filho a desenvolver uma linha de pensamento ao fazer perguntas que exijam uma frase completa. Talvez seja preciso esperar até que ele tenha 4 ou 5 anos de idade para conseguir fazer isso.
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    Deixe os livros acessíveis. Não adianta ter uma biblioteca se os livros não podem ser facilmente alcançados pela criança. Mantenha-os em lugares baixos e a onde ela costuma brincar para que ela comece a associar a leitura a algo lúdico.
    • Como seu filho irá manusear os livros com frequência, escolha aqueles que tenham um material de fácil limpeza e que podem ser danificados com o uso. Para crianças muito pequenas, não se aconselha comprar aqueles livros caríssimos que contêm figuras tridimensionais que se erguem conforme as páginas são abertas.
    • Até a criança ter idade para o primário, invista em um móvel para guardar os livros que seja funcional. Deixe o visual para mais tarde.
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    Dê o bom exemplo. Mostre ao seu filho que a leitura é interessante e que traz um conhecimento de valor inestimável. E isso só pode ser feito se você mesmo tiver o hábito de ler. Passe pelo menos 10 minutos por dia lendo quando a criança estiver por perto para que ela veja que a leitura faz parte do seu dia-a-dia. Mesmo que você não seja um leitor ávido, sempre há alternativas - uma revista, jornal ou um livro de receitas. Todos contam. Seu filho logo logo ficará interessado em ler, simplesmente porque viu você fazendo isso.
    • Envolva o seu filho na sua rotina de leitura. Caso o conteúdo do que você estiver lendo for apropriado para crianças também, comente sobre isso. Ao mesmo tempo, aponte as palavras na página para ajudar a criança a associar as linhas lidas com os sons que formam as palavras.
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    Obtenha acesso a uma biblioteca. Isso pode ser feito de duas maneiras: você pode montar a sua própria mini-biblioteca com dezenas de títulos em casa mesmo ou fazer uma carteirinha na biblioteca pública mais próxima da sua casa. Ao ter uma variedade de livros disponíveis, a criança ficará mais interessada em ler (o que vale principalmente para as mais velhas), além de ajudá-la a incorporar mais palavras ao vocabulário dela.
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    Comece a associar as palavras com os seus respectivos sons. Antes mesmo de ensinar o alfabeto e o som de cada letra, ajude a criança a entender que as linhas da página estão diretamente relacionadas às palavras que você está dizendo. Vá apontando para as palavras conforme você for lendo. Assim ela irá aprender o padrão de tamanho e som das palavras nas linhas da página conforme você for lendo.
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    Evite o uso de fichas ilustrativas. Até recentemente, as empresas vendiam fichas especiais para bebês e crianças em idade pré-escolar para que elas pudessem ler. Mas ao invés disso, essas fichas treinam as crianças a associarem determinada palavra com a imagem usada na ficha. Para aprender a ler de verdade, é melhor seguir as instruções abaixo.

Parte 2 de 3: Ensinando o Básico

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    Ensine o alfabeto. Assim que a criança tiver consciência das palavras, comece a desmembrar as palavras em letras individuais. Há a música do alfabeto, mas você pode usar a criatividade para ajudar o pequeno a aprender o alfabeto. Explique que cada letra tem um nome, mas ainda não é preciso incorporar o som de cada uma.
    • Ensine as letras minúsculas primeiro. Elas formam a maioria das palavras impressas e são muito mais importantes para o desenvolvimento de habilidades de leitura.
    • Experimente fazer cada letra com massinha de modelar e usá-las para fazer um jogo no qual a criança tem que acertar uma letra específica com uma bolinha. Pode-se também brincar de pescar letras de isopor da banheirinha. Esses são jogos interativos que irão estimular o desenvolvimento da criança em vários níveis diferentes.
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    Trabalhe com o desenvolvimento da consciência fonética. Um dos passos mais importantes ao ensinar a ler é associar um som falado a uma letra ou a um par de letras. Esse processo é conhecido como consciência fonética. Há 44 sons criados pelas 26 letras do nosso alfabeto, e cada som deve ser ensinado com o par de letras correspondente. Isso inclui tanto os sons curtos como os compridos de cada letra, assim como combinações especiais de letras (como ‘ch’ e ‘nh’, por exemplo).
    • Concentre-se em uma única letra/parte/som de cada vez. Evite confundir a criança e crie uma base sólida trabalhando em um ritmo constante através de todos os sons da fala.
    • Dê exemplos da vida real para cada som da fala. Por exemplo, diga que a letra ‘A’ faz o som de ‘á’, como no começo da palavra ‘amor’. Isso pode ser transformado em um jogo de adivinhação, no qual você fala uma letra e a criança tem que dar uma palavra que comece com essa letra.
    • Use jogos parecidos com aqueles usados para ensinar o alfabeto. Eles devem trazer uma combinação de pensamento crítico por parte da criança a fim de determinar correlações entre sons e letras.
    • Fica mais fácil para as crianças desenvolverem consciência fonética se as palavras forem desmembradas o máximo possível. Isso pode ser feito com um jogo de bater palmas (a criança bate palma para cada sílaba na palavra) ou soletrando as palavras.
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    Ensine rimas. Elas ajudam a adquirir consciência fonética e a reconhecer as letras, além de aprender as palavras básicas. Leia rimas de canções para bebês, e depois faça listas fáceis de rimar, como não, pão, balão. Seu filho vai começar a reconhecer padrões de sons presentes quando determinadas letras aparecem juntas - nesse caso, o som do par de letras ‘ão’.
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    Ensine seu filho a ler usando fonética explícita. Tradicionalmente, ensina-se as crianças a reconhecerem uma palavra baseadas no tamanho dela e na primeira e última letras, além do som produzido. Esse método é conhecido como fonética implícita - trabalhando da parte mais geral para a mais específica. Mas estudos tem mostrado que o vocabulário lido pode aumentar dramaticamente (de 900 para 30 mil até a terceira série) se for usado o método oposto - fonética explícita. Ajude a criança a começar a ler letra por letra sem se preocupar com a palavra inteira, pelo menos no começo.
    • Não comece esse método até que a criança tenha adquirido consciência fonética adequada. Se ela ainda não consegue associar sons com letras ou pares de letras rapidamente, elas precisam de um pouco mais de prática antes de lidarem com palavras completas.
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    Ensine seu filho a decifrar palavras. Aqui, a criança lê a palavra falando os sons de cada letra ao invés de tentar ler a palavra inteira de uma só vez. A leitura é dividida em duas partes principais: decifrando a palavra e entendendo o seu sentido. Não espere que seu filho consiga reconhecer e compreender as palavras nesse ponto; agora, o importante é que ele saiba decifrar e ler letra por letra.
    • Ainda não é hora de usar histórias ou livros completos. É melhor usar listas de palavras ou uma história bem básica (a qual não é baseada em um enredo). Essa é outra excelente oportunidade para usar rimas.
    • Decifrar em voz alta é geralmente mais fácil para a criança aprender a ler a palavra. Use o método de bater palmas para cada sílaba se necessário.
    • Não seja muito rigoroso quanto à forma que a criança pronuncia os sons. Sotaques regionais e habilidades auditivas fracas dificultam a tarefa de pronunciar a maioria dos sons de uma forma academicamente correta. Aceite o esforço da criança. Reconheça que aprender os sons é só um passo intermediário até a criança aprender a ler.
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    Não se preocupe com a gramática. Crianças da pré-escola e ensino infantil são bem concretas na forma de pensar, não conseguindo lidar com conceitos complexos. Não é necessário, nesse momento, ensinar consoantes, vogais, etc. Eles podem aprender a ler tranquilamente sem essas regras. Aos 4 anos de idade, a criança já possui noções de gramática, e, com o tempo necessário, ela aprenderá todas as regras gramaticais formais. Neste estágio, você precisa apenas se concentrar na habilidade mecânica de leitura, que é aprender a decodificar novas palavras e incorporá-las na memória para obter fluência.



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Parte 3 de 3: Aumentando o Nível de Dificuldade

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    Comece a dar histórias completas para seu filho. Ao começar o primário, seu filho terá uma lista de materiais de leitura na escola. Ajude-o a ler essas histórias inteiras estimulando o uso de fonética explícita e a reconhecer o vocabulário. Conforme o reconhecimento de vocabulário aumentar, a criança conseguirá uma maior compreensão de enredos e significados.
    • Deixe a criança apreciar as ilustrações. A associação de imagens e palavras ajuda bastante a construir o vocabulário.
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    Peça para seu filho descrever a história para você. Depois de cada sessão de leitura, peça a ele que descreva a história. Incentive a criança a dar mais detalhes, mas não espere uma resposta elaborada. Uma forma fácil e divertida é usar marionetes ou bonecos representando os personagens na história. Assim, seu filho pode usá-los para contar a história.
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    Faça perguntas sobre as histórias. Faça perguntas sobre o que a criança acabou de ler. No começo, ela terá um pouco de dificuldade para pensar com senso crítico sobre o significado das palavras e o desenvolvimento dos personagens e do enredo. Porém, com o passar do tempo, ela irá desenvolver as habilidades necessárias para responder as perguntas.
    • Faça uma lista de perguntas que seu filho consiga ler. A habilidade de ler e entender as perguntas é quase tão importante quanto a de respondê-las.
    • Comece com perguntas diretas, tais como ‘Quem era o personagem principal do livro?’ ao invés de perguntas vagas como ‘Por que o personagem principal estava triste?’
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    Ensine o seu filho a escrever ao mesmo tempo que ensina a ler. A criança aprende a ler mais rápido e com mais facilidade se aprender a escrever ao mesmo tempo. A memorização das letras, juntamente com o ato de ouvir os sons e de vê-las na forma escrita, vai reforçar o aprendizado. Por isso, ensine o seu filho a escrever letras e palavras.
    • Você perceberá uma melhora nas habilidades de leitura da criança conforme ela for decifrando as palavras e soletrando-as em voz alta. Mas trabalhe de forma gradual e sem cobrar perfeição dela.
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    Continue lendo para o seu filho. Assim como você ensinou a ele o prazer da leitura antes mesmo de ele saber como ler, procure continuar lendo para ele diariamente. A criança irá desenvolver uma consciência fonética mais forte, pois estarão vendo as palavras conforme você as lê.
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    Peça à criança para ler em voz alta para você. Assim você poderá avaliar melhor a habilidade de leitura dela, que será forçada a ir mais devagar e a pronunciar corretamente as palavras. Evite interrompê-la para fazer correções durante a leitura, pois isso pode interferir no processo de pensamento linear da criança e dificultar a compreensão do que está sendo lido.
  • A leitura em voz alta não precisa ficar restrita a livros. Toda vez que houver palavras escritas ao redor, peça a seu filho para lê-las em voz alta. Sinais de trânsito são um ótimo exemplo visto todos os dias para a prática da leitura.
  • Contrariando algumas propagandas enganosas, os bebês não conseguem aprender a ler. Eles podem até reconhecer alguns formatos de palavras e correlacioná-los a figuras, mas esse processo está longe de ser considerado leitura. A maioria das crianças só está pronta para ler com 3 ou 4 anos.
  • A maioria das crianças pode aprender a ler com 4 anos. Pode-se começar com os sons das letras. Instruções de leitura simples podem ser iniciadas com essa idade também.
  • Se o seu filho não tiver paciência para aprender a ler e preferir assistir TV, tente acionar a função "Close Caption" e encoraje-o a seguir a legenda.

Referências:
http://pt.wikihow.com/Ensinar-Seu-Filho-a-Ler. Acessado dia 14 de Outubro de 2014.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Uso de meios digitais na educação pode melhorar aprendizagem
A inclusão de recursos digitais em salas de aula ajuda a aumentar a comunicação entre estudantes e professores. Projetos desenvolvidos por meio de blogs e aulas interativas incentivam a maior participação dos alunos nas atividades escolares e proporcionam benefícios na aprendizagem. "Os alunos praticamente já nascem sabendo usar computador e nada mais natural e importante do que os professores passarem a usar os recursos digitais para melhorar o aproveitamento da disciplina", afirma a professora Lina Maria Braga Mendes.
O pouco uso de meios digitais na educação foi um dos motivos que fizeram com que Lina iniciasse sua pesquisa de mestrado na Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), "Experiências de fronteira: os meios digitais em sala de aula", sob orientação da professora Mary Julia Martins Dietzsch. "A utilização de mídias digitais poderia começar a partir do primeiro ano do ensino fundamental. Desde muito cedo as crianças têm contato com computadores em casa", ressalta a pesquisadora.
Suas experiências começaram por meio da implementação de blogs em projetos desenvolvidos com turmas de ensino fundamental de um colégio particular de São Paulo. "Há vários tipos de trabalho que o professor pode desenvolver com blogs. Podemos criar um blog de disciplina, em que o professor e alguns alunos teriam acesso à edição, há também o blog do professor, no qual só ele entra para publicar textos interessantes relacionados ao assunto da aula, além de manter contato com o aluno fora da sala, e ainda o blog de aluno, em que os estudantes publicam os trabalhos que realizam e o professor entra com comentários", explica Lina.
Entre os principais benefícios dos meios digitais nas escolas estão o aumento do diálogo entre professores e alunos e a ampliação do espaço da sala de aula, já que o contato passa a ser também fora do horário escolar. Além disso, os recursos disponíveis nos computadores e na internet fazem com que os estudantes tenham mais prazer em assistir às aulas e interajam de modo mais efetivo."Quando saímos da sala de aula, que muitas vezes conta apenas com o giz e a lousa, e vamos para o computador já temos inicialmente o recurso da imagem e do movimento. É possível usar vídeo, áudio, fotografia e outros recursos para mostrar mais detalhes e curiosidades sobre o assunto estudado. Isso faz com que os alunos prestem mais atenção nas aulas e saiam do espaço imaginário, intangível, representado por um mapa de um livro, e adentrem o espaço real, visível no Google Earth, por exemplo", explica a pesquisadora.
Barreira da linguagem
Apesar de os alunos terem crescido em frente aos computadores, Lina afirma que muitos têm dificuldades com a linguagem do mundo digital. "A experiência que tivemos com a leitura de adaptações literárias para a internet, por exemplo, foi um pouco complicada, pois os alunos - apesar de passarem horas a fio todos os dias na rede - não conhecem a linguagem do meio em que navegam e alguns acabaram não compreendendo sequer o enredo da obra", diz.
Um ponto positivo do uso de meios digitais nas salas de aulas é mostrar aos estudantes as diferenças existentes em cada uma das linguagens que utilizamos. Segundo a pesquisadora, "a linguagem de um livro impresso é diferente daquela usada em um vídeo, por exemplo. Do mesmo modo, não podemos confundir o que é feito para o meio digital com o que se destina à publicação em papel. Muitas pessoas afirmam categoricamente que a linguagem de internet, com suas abreviações e símbolos, atrapalha a escrita, mas é preciso perceber que ela é apenas uma outra linguagem, destinada, portanto, a outras situações de uso que não as que acontecem na sala de aula. O aluno deve entender isso e utilizá-la apenas naquele meio."
Dificuldades para professores
A iniciativa de usar blogs e outros recursos dos meios digitais na educação também tem seus entraves. Um deles é a dificuldade que o professor tem tanto em sua atualização quanto na disponibilidade de tempo. "Muitos professores ainda têm dificuldades em usar recursos básicos do computador, como Word e o Power Point. São recursos que poderiam ajudá-lo a criar uma aula diferente e a trazer novas informações", garante Lina.
Tendo como pressuposto que todo o professor tem acesso a um computador, a pesquisadora salienta que outro problema para a implementação de aulas que utilizam os recursos digitais é a falta de remuneração para desenvolver projetos como esses. "Por mais que o professor queira levar meios digitais para as salas de aula, ele esbarra no problema do tempo gasto fora do horário escolar. A manutenção de um blog, por exemplo, demanda tempo de pesquisa, produção e criação de atividades, e não há incentivo financeiro ou um horário remunerado para essa prática", explica.
Para a pesquisadora, mesmo sendo difícil a utilização dos meios digitais na educação é necessário que os professores fiquem atentos a esses novos recursos e aos benefícios que trazem ao aprendizado dos alunos. "O professor que dá aulas do mesmo jeito que teve aulas quando criança ou adolescente comete o erro grave de esquecer que é de outra geração", alerta.
O que dizem outros estudiosos da área
De acordo com o especialista em tecnologias na Educação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Marcus Vinicius Maltempi, “os computadores podem possibilitar maneiras de abordagem de conteúdo que eram inviabilizadas até então por falta de recursos, tanto físicos ou até mesmo por serem impraticáveis”. “Seria interessante termos softwares específicos que ajudassem os professores a compartilhar o que estão fazendo e as experiências em sala de aula. Isso ficaria automaticamente registrado para que, no ano seguinte, toda aquela experiência dos fracassos e sucessos vivenciados com a turma não se perdessem”, disse ainda o especialista, enfatizando que o planejamento não deve ficar limitado ao professor.
No mesmo contexto, de acordo com Para Priscila Gonsales, diretora-executiva do Instituto Educadigital, o que falta hoje em dia são espaços disponíveis para que os professores possam trocar informações. “Seriam trocas presenciais ou online, onde os professores possam compartilhar seus desafios e dúvidas”.
Situação na América Latina
Eugenio Severin, especialista em tecnologia e Educação e ex-consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em TIC na Educação para a América Latina, disse que alguns países latinos estão incorporando a tecnologia como meio de melhorar a qualidade e desenvolver ainda a equidade em seus sistemas de ensino. "O exemplo mais evidente disso é o "Plano Ceibal", no Uruguai, mas o trabalho realizado desde os anos 90 pela Fundación Omar Dengo, na Costa Rica, e o Programa "Enlaces", do Chile, também merecem destaque", relatou.
Segundo Severin, há projetos vistos como ambiciosos como o "Conectar Igualdad" da Argentina e também o "Habilidades Digitales para todos" do México, que, junto aos menores, irão ser de muita importância para que os países latinos possam aprender as novas formas de implementar programas focados na aprendizagem dos alunos. "O importante é considerar que todos eles têm grande atenção à gestão sistêmica dos sistemas de ensino, à formação de professores e à criação de recursos educativos digitais que tirem proveito das tecnologias e permitam proporcionar verdadeiras experiências de aprendizagem", disse.
Referências Bibliográficas: